domingo, 6 de janeiro de 2013

Decrescer para melhorar.

O porquê do nome.

Charge de Andy Singer

Pouca gente está familiarizada com o termo decrescimento. Até pouco tempo atrás, eu também estava. Cunhada na década de 70, essa provocativa palavra nos causa certa estranheza, o que talvez explique o porquê dela ser tão desconhecida. Associamos decrescimento como algo negativo, mas não é bem assim. Segundo Serge Latouche, autor do Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno, o decrescimento é um conceito que visa acabar com a mentalidade produtivista que predomina em todo o mundo.


Diferente de qualquer outra teoria econômica ou politica, o decrescimento prevê que o crescimento infinito, ao contrário do que acredita o senso comum, não trará o bem estar das populações. Parece piada, mas não é. Ao redor do mundo existem inúmeros pequenos exemplos dessa teoria que, se bem empregada, pode ser muito eficaz na busca por uma sociedade melhor.

Esse blog não tem por objetivo defender o decrescimento, mas imagino que a maioria dos assuntos que gostaria de tratar aqui acabarão convergindo a esse ponto, o que me faz acreditar que este seja um nome adequado. O termo programado vem da expressão obsolescência programada, que é um dos resultados tragicômicos do produtivismo desenfreado. Para os desavisados, obsolescência programada é a filosofia que prega que quebrar as coisas dá dinheiro e é uma coisa bacana.

O fato é que independente de conceitos, teorias e outras parolagens, nós seres humanos somos dotados de bom senso. E é justamente essa característica que nos permite identificar boas idéias e práticas que merecem ser compartilhadas. Espero, portanto, que esse blog seja tão provocativo quanto seu nome e leve seus leitores a repensar alguns hábitos-heranças que aceitamos sem questionamento.

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